Cascais começa o mês de agosto com um reforço significativo no dispositivo de combate a incêndios, com mais sete veículos e novos equipamentos de proteção individual para as corporações do concelho.

Num investimento global de mais de 2,5 milhões de euros o município reforça a capacidade de resposta dos Soldados da Paz e, com isso, a segurança de todos dos munícipes. Quatro dos reforços resultam de projetos do Orçamento Participativo de Cascais.

Em destaque está ainda a apresentação de uma inovadora viatura escada Magyrus adquirida pelo município para combater incêndios ou fazer o resgate de pessoas em prédios até 32 metros de altura em zonas de difícil acesso. Uma viatura que, se preciso, pode deslocar-se na diagonal.

Apresentadas na Praça 5 de Outubro, em frente aos Paços do Concelho, a casa da democracia representativa, as novas viaturas são o mais novo expoente da democracia participativa. Juntas representam um total de 12.185 votos, expressando a decisão dos munícipes em usar as verbas municipais para equipar as corporações de bombeiros do concelho.

Uns metros mais adiante, na Esplanada dos Pescadores, foi possível assistir a uma demostração da nova autoescada, um reforço direto do município, cuja mais-valia assenta na particularidade de os seus dois eixos direcionais lhe permitirem deslocar-se na diagonal, tornando possível manobrá-la com grande precisão em ruas estreitas apesar da sua envergadura.

Na demonstração, o cesto, que é capaz de levar bombeiros até uma altura de 36 metros (até 12 andares), elevou-se para mostrar aos presentes que pode estabelecer um ângulo muito apertado, quase em paralelo, a um edifício. A grande inovação não reside na altura, mas sim no facto de permitir uma maior aproximação, capaz de ajuda a resgatar potenciais vítimas em prédios em ruas apertadas.

Embora disponível para intervenções em todo o concelho, por questões de organização, a autoescada vai ficar sob responsabilidade dos Bombeiros Voluntários de Cascais.

"Já tinha referido que o OP é uma máquina de fazer sonhos", referiu Paulo Santos, comandante dos Bombeiros de Carcavelos-S. Domingos de Rana. É não será caso para menos.

Com estes novos equipamentos, as corporações do concelho recebem um investimento global de perto de 2,5 milhões de euros, que torna mais fácil a vida de todos.

Oito novas viaturas

Veículo Escada Magyrus | Para servir todo o concelho. Com capacidade para intervenção em zonas de malha urbana apertada e ângulos de atravancamento. Investimento: €1.000.000,00

Veículo Ligeiro de Combate a Incêndios |Bombeiros da Parede "Associação Amadeu Duarte", projeto vencedor OP36/2017, 5133 votos, investimento: €300.000,00

Ambulância de suporte básico de vida para apoio a unidade de cuidados paliativos ACES Cascais | Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alcabideche, OP31/2019, 2430 votos, investimento: €83.161,24 - A ambulância vem reforçar a capacidade de resposta da Unidade de Cuidados Paliativos do Agrupamento de Centros de Saúde de Cascais.

Veículo Urbano de Combate a Incêndios e Veículo Tanque Tático Florestal | Bombeiros Voluntários do Estoril, OP32/2019, 2463 votos, investimento: €350.000,00.

Veículo de Transporte Tático de Pessoal, Veículo para transporte de doentes e Equipamento de Proteção Individual, Contentor para a Unidade de Comando e Apoio Sanitário, Equipamento para desencarceramento | Bombeiros de Carcavelos e São Domingos de Rana, OP34/2019, 2159 votos, investimento: €350.000,00. Equipamento hibrido que permite a redução de emissão de gases para a atmosfera

Em nove edições completas de OP, foram concretizados 23 projetos apresentados por corporações de bombeiros, num total 6,24 milhões de euros, distribuídos de forma equilibrada entre as cinco corporações. Estes projetos permitiram colmatar necessidades às quais o Estado Central deveria ter respondido.

Desde 2015 que as associações de bombeiros estão no topo do ranking dos projetos OP mais votados sendo que em 2017 conseguiram ser o projeto mais votado de sempre ao atingir os 10 964 votantes.

Dados gerais

- 84% das obras efetuadas no âmbito do OP têm impacto na freguesia e no concelho, sendo que 17% tem impacto numa escala supraconcelhia

- 90% dos proponentes apenas apresentaram um projeto

- Atualmente a taxa de execução de projetos OP é de 95%

Fonte: CMC