O Ministério da Administração Interna (MAI) português anunciou que um dispositivo excecional de 48 equipas de combate a incêndios vai estar em alerta máximo de sábado a segunda-feira para reforçar o combate aos incêndios rurais. As equipas, constituídas por bombeiros de vários corpos de bombeiros, estarão de prontidão para reforçar a capacidade inicial de ataque a incêndios rurais.

O MAI aprovou a formação deste dispositivo excepcional devido às altas temperaturas e à seca provocada por níveis de precipitação abaixo da média em vários pontos do país. As equipas serão acionadas pelo Comando Operacional Nacional de Emergência e Proteção Civil nos Comandos Sub-Regionais sujeitas à maior pressão de focos de incêndio e à evolução do cenário meteorológico.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) alertou para o risco muito elevado de incêndios nas regiões Norte, Centro e Algarve devido ao tempo quente e seco. A ANEPC também alertou que é proibido queimar sem autorização. Este dispositivo excepcional vem juntar-se às equipas existentes no terreno, que são constituídas por Equipas de Intervenção Permanente, Força Especial de Protecção Civil e Unidade de Protecção e Socorro de Emergência.

A Proteção Civil destacou que a partir de sábado haverá um aumento do risco de incêndio, com condições favoráveis ​​à potencial ocorrência e propagação de incêndios rurais, bem como maior dificuldade na extinção de incêndios, sobretudo nas regiões Norte e Centro e a região Sul.

De acordo com o banco de dados nacional de incêndios rurais, houve um total de 1.981 incêndios resultando em 7.364 hectares de área queimada (1.860 hectares de floresta, 5.420 hectares de cerrado e 84 hectares de agricultura) entre 1º de janeiro e 13 de abril de 2023. Este ano, até 13 de abril, tem o quinto maior número de incêndios e área queimada desde 2013.