Liga dos Bombeiros alerta para retenção de macas de ambulâncias por horas nos Hospitais
Em uma entrevista exclusiva à SIC Notícias, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, António Nunes, expressou preocupação com a retenção prolongada de macas de ambulâncias em hospitais, afetando a capacidade de atendimento dos bombeiros. A situação é mais alarmante na Área Metropolitana de Lisboa, com destaque para a margem sul. De acordo com a …

Em uma entrevista exclusiva à SIC Notícias, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, António Nunes, expressou preocupação com a retenção prolongada de macas de ambulâncias em hospitais, afetando a capacidade de atendimento dos bombeiros.
A situação é mais alarmante na Área Metropolitana de Lisboa, com destaque para a margem sul.
De acordo com a Liga dos Bombeiros Portugueses, hospitais estão mantendo macas de ambulâncias por várias horas, o que prejudica a prontidão operacional dos bombeiros. Em sua entrevista à SIC Notícias, o presidente da Liga, António Nunes, criticou a gestão inadequada dos recursos disponíveis.
"Nós temos ambulâncias que saem de Cascais para atender emergências em Setúbal. Isso significa que após a chamada inicial, pode levar até uma hora e meia para que uma ambulância chegue ao local. Isso é inaceitável", alertou Nunes.
A situação se agrava na Área Metropolitana de Lisboa, especialmente na margem sul. António Nunes observou que a região Norte do país apresenta tempos de resposta muito mais curtos em comparação com Lisboa. Ele destacou as áreas de Almada, Barreiro e Setúbal como particularmente problemáticas, enfrentando não apenas escassez de ambulâncias para a população local, mas também a demora no atendimento após a chegada ao hospital.
"Ao chegar ao hospital, em algumas circunstâncias, estamos falando de esperas de uma hora, uma hora e meia, antes do primeiro atendimento", enfatizou António Nunes.
Autoridades estão cientes dessa situação
O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses afirmou que as autoridades estão cientes dessa situação, mas o problema persiste sem resolução. Ele mencionou que o Instituto Nacional de Emergência Médica, através do Centro de Orientação de Doentes Urgentes, possui dados sobre os tempos de resposta e chegada das ambulâncias, o que poderia ser utilizado para análises estatísticas.
António Nunes também revelou que a Liga dos Bombeiros Portugueses apresentou uma queixa à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde há cerca de seis meses, destacando a necessidade de um planejamento e organização hospitalar mais eficiente para resolver a questão da retenção de macas.
A situação alarmante de retenção de macas de ambulâncias nos hospitais levanta preocupações sobre a capacidade de resposta em emergências na região, exigindo ação imediata para otimizar os recursos e garantir o atendimento eficaz aos pacientes.