Numa altura em que se fala da falta de helicópteros e aviões para o combate a incêndios, não podemos deixar de fora a compra efetuada pela Força Aérea Portuguesa, de seis helicópteros Sikorski UH-60 Black Hawk, que agitou a comunicação social no final de agosto do ano passado.

A compra foi efetuada aos norte-americanos da Arista Aviation Sevices, por um pacote de 42,9 milhões de euros — financiado a 81% pelo Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) e a poupança é considerável, se for tido em conta o preço base de licitação do concurso, que era de €57,8 milhões de euros.

No entanto, o baixo preço (menos cerca de 15 milhões de euros) pode ter a ver com outro fator: a idade avançada dos meios.

O caderno de encargos do concurso admitia a aquisição de helicópteros médios com o máximo de 35 anos, o que levou alguns militares a criticarem o risco de se estar a comprar “sucata”.

Onde param os helicópteros Black Hawk para combate aos incêndios?
Helicóptero Black Hawk do Exercito Norte-Americano apoia operações de combate a incêndios no estado do Michigan (Foto da Guarda Nacional do Michigan).

Segundo o porta-voz do Estado-Maior da Força Aérea, “os meios adquiridos terão uma idade igual ou inferior à definida em caderno de encargos”. Ou seja, os helicópteros podem ter até um máximo de 35 anos.

Apesar da possível idade avançada dos Black Hawk, segundo os "especialistas", trata-se de um dos melhores helicópteros de combate a incêndios e um dos mais polivalentes, sendo de referir que o helicóptero UH-60 Black Hawk permite o transporte de uma equipa de 12 bombeiros e respetivo equipamento, com uma autonomia, com largada de água, de cerca de 150 minutos. Possui a capacidade de transportar até 2950 litros de água por largada.

Além da compra dos seis helicópteros, o contrato inclui o fornecimento de material e ferramentas, apoio técnico de manutenção até 2026 e formação para seis pilotos e 21 mecânicos.

E a entrega dos dois primeiros helicópteros estava prevista para o 1.º trimestre de 2023. O problema é que nunca mais se ouviu falar de tais helicópteros… nem a comunicação social, que tão agitada andou com tal notícia, se pronunciou sobre o assunto!

Agora só resta perguntar: Onde é que eles param?

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